Tyrant Racing Organization

Uma das equipes mais antigas em atividade da IRS, a Tyrant Racing Organization foi fundada em Londres, em 1970, por Winston Tyrant MBE, ex-piloto e entusiasta do esporte a motor. A equipe, que a princípio se resumiu a participar da antiga F2, teve sua ascensão à categoria máxima do automobilismo em 1974 quando, por problemas pessoais, a equipe fora vendida para Jeff Holdsky, que elevou à um patamar de equipe média do automobilismo, conseguindo ótimos resultados. Mas nem tudo é felicidade e a equipe teve altos e baixos e, em 1978, após tentar participar de alguns GPs com carros irregulares, a equipe acabou sendo vendida para o piloto inglês de protótipos Daniel King MBE.
Conseguindo sua primeira vitória em 1979, em casa, e com James Hunt no lugar mais alto do pódium, a equipe quebrou um jejum britânico de 8 anos sem vitórias na categoria. Com orçamento curto, porém, a equipe resolveu focar na evolução turbo, o que ocorreu em 1981, ao dar suporte ao engenheiro britânico Brian Hart, o que rendeu para a equipe ótimas corridas. Já em 1982, a equipe, então dirigida por Colin Chapman, colocou em execução o projeto '5 anos em 1', que visou a contratação de Paul Rosche, trazendo toda a tecnologia Turbo para as garagens da equipe, o que culminou nos excepcionais Rosche-P1. O alemão ainda permaneceu na equipe por mais duas temporadas, construindo o P2 e P3.
Buscando se consolidar como equipe grande, em 1983, a Tyrant consegue vencer três vezes, sendo mais uma vez em casa, graças à exímia pilotagem de James Hunt, que renovou com a equipe para mais duas temporadas, suas duas últimas no automobilismo. O conjunto T183/P1/Goodyear fez valer a terceira colocação no mundial, só atrás da Savoia e Williams. Por outro lado, por apenas 1 ponto, James Hunt leva o vice-campeonato, logo atrás do finlandês Keke Rosberg.
Já em 1984, sem Chapman, que havia falecido em fins de 1982, logo após finalizar trabalhos na Biscazzi, num acidente aéreo, a Tyrant montou o que seria o melhor chassi da equipe, em termos gerais, numa parceria de Mauro Forghieri e Harvey Postlethwaite, chamado apenas de Tyrant. E era tirano o chassi mesmo! Juntamente com o mais potente turbo da temporada, o apenas denominado P2, levou 6 vitórias na temporada, garantindo o título de pilotos de James Hunt por antecipação!
Mas nem tudo é felicidade. A Tyrant corre com seus carros pintados de preto na última etapa do campeonato, após o falecimento de seu dono, Daniel King MBE na Mount Fuji 1000 Kilometres. O futuro estava incerto, ou não.
Tão logo se deu o fim da temporada, com a Tyrant campeã de pilotos e construtores, a família Hunt anunciou a compra da equipe, reestruturando-a para 1985. E o resultado não poderia ser melhor: novamente campeã de construtores, graças a um projeto inovador de Postlethwaite e uma exímia condução do italiano Elio de Angelis, a equipe chega novamente ao vice-campeonato de pilotos.
O ano de 1986 marca a ida da Tyrant também para a Indy 500. Com o auxílio do britânico Neil Oatley, que havia trabalhado na equipe entre 1979 e 1980, a equipe conseguiu alinhar três carros e, encabeçada por Mario Andretti, consegue terminar em terceiro na prova mais tradicional do automobilismo. A partir deste ano, a Tyrant se divide em duas equipes, para cobrir as duas categorias do automobilismo.
Os anos de 1987 e 1989 foram difíceis para a equipe. Prejudicada pela competitividade excessiva da ex-Project Four, agora denominada McLaren, que tinha Alain Prost e Ayrton Senna, a equipe consegue apenas a terceira colocação no mundial. Porém, nos Estados Unidos, a história é outra e, em uma parceria entre Mario Andretti e Emerson Fittipaldi, a equipe ganha diversas provas e vê o brasileiro se sagrar campeão da USAC em 1989.
Em 1990 a sorte da Tyrant muda novamente e, com o apoio do brasileiro Ayrton Senna, Gordon Murray e Neil Oatley, a equipe sagra-se novamente campeã de pilotos e construtores, com muita folga. O apoio da Honda, trazido por Senna acabou sendo de muita valia. Em 1991, pouca coisa muda, e Ayrton Senna consolida seu quarto título mundial, e ao sexto título de construtores da Tyrant. Mas a potência Williams não daria espaço nos anos seguintes. Com excelentes projetos de Patrick Head, a Tyrant perde espaço novamente e, juntamente com o falecimento prematuro de seu dono, James Hunt, decai muito de rendimento. Em 1995, a equipe se retira da Formula 1, permanecendo apenas nas categorias de base, revelando nomes como Kimi Räikkönen, Felipe Massa e, por fruto de uma parceria mais recente entre a equipe e a Red Bull, Sebastian Vettel.
Em 2013, dada a unificação das categorias Formula 1 e Indy, sob a regência de um orgão único, a International Racing Association, gerenciada por grandes pilotos do passado, a família Hunt considerou que era a hora de retornar a ativa, trazendo a Tyrant Racing Organization, muito competitiva, para a temporada inaugural.